O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vem adotando uma postura mais contida em seu discurso e avalia disputar as eleições de 2026. Suas recentes declarações têm sido interpretadas por aliados e analistas políticos como sinais de uma possível candidatura presidencial ou, ao menos, uma preparação para a reeleição estadual.

Nos últimos meses, Tarcísio passou por momentos de forte polarização, com propostas e falas que o aproximaram do ex-presidente Jair Bolsonaro, como o apoio ao projeto de anistia e críticas duras ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Agora, no entanto, o governador tem buscado moderação, ajustando seu tom e ampliando o diálogo com diferentes setores políticos.

Recentemente, ao deixar o condomínio onde Bolsonaro cumpre prisão domiciliar em Brasília, Tarcísio afirmou que pretende disputar a reeleição em 2026. A fala reacendeu especulações sobre seus planos políticos e foi vista como estratégia para conter ataques tanto da oposição quanto de parte da base bolsonarista.

Nos bastidores, aliados acreditam que o governador está testando sua popularidade e observando o cenário nacional antes de tomar uma decisão definitiva. Caso não concorra à Presidência, lideranças apontam nomes como o do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), o presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL), o secretário de Segurança, Guilherme Derrite (PP), e o vice-governador Felício Ramuth (PSD) como possíveis sucessores no estado.

Enquanto equilibra as críticas ao aumento de tarifas e as repercussões de suas posições políticas, Tarcísio mantém o foco em fortalecer sua imagem de gestor técnico e moderado, deixando em aberto seu futuro político para 2026.